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A Mulher E O Direito Ao Voto - Por Uiara Zagolin

Atualizado: 5 de set. de 2022


Com a celebração do Dia Internacional das Mulheres, vale lembrar a luta pela total inserção da mulher na sociedade.

Apesar de já estarmos no século XXI, muitas mulheres enfrentam dificuldades em ter direitos básicos garantidos ao redor do mundo. Desde casos mais extremos, como países árabes que imputam uma série de proibições às mulheres, inclusive do direito de ir e vir, até países mais liberais, como o Brasil, onde o machismo estrutural ainda dita muitas das regras vividas no dia a dia.


Por isso a data é tão importante, não somente para receber flores e chocolates, o que é maravilhoso, mas também fazer com que o mundo pare e possa conscientizar sobre a posição da mulher na sociedade e a necessidade de mudanças. Como esta que foi comemorada em fevereiro, a conquista do direito ao voto feminino no Brasil, que ocorreu há 90 anos.


Mulheres às urnas


No dia 24 de fevereiro, é comemorada a conquista do direito ao voto por parte das mulheres no Brasil. A demanda de mulheres pelo direito de votar e de serem eleitas ganhou corpo no início do século XX, a partir do movimento sufragista brasileiro. Mas o exercício de direitos políticos só seria estendido às mulheres em 1932, quando o novo código eleitoral do país entrou em vigor, em pleno governo provisório do ex-presidente Getúlio Vargas. Dois anos depois, em 1934, o voto feminino passa a ser previsto pela Constituição.


A conquista desse direito também foi impulsionada por várias pioneiras, como a professora Celina Guimarães Viana, que pôde, por meio de um requerimento, votar em 1927 e se tornou a primeira eleitora do país. Outro nome é o de Leolinda de Figueiredo Daltro, uma das fundadoras do Partido Republicano Feminino, criado em 1910. A zoóloga paulista Bertha Lutz, uma das criadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, é apontada como uma das maiores líderes na luta pelos direitos políticos das mulheres.



Atualmente, mesmo com a maioria do eleitorado, as mulheres ocupam pouco espaço na legislatura. No Senado, doze vagas foram ocupadas por senadoras (14,8% das 81 cadeiras) e na Câmara dos Deputados, 77 dos 513 parlamentares eleitos são mulheres.


Integrantes do movimento sufragista do Rio Grande do Norte. Fonte: Agência Câmara de Notícias - Foto: Arquivo Nacional



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